quinta-feira, 2 de julho de 2009

Citações 1

Resolvi criar, para este blog, uma série com citações interessantes, tiradas dos meus livros favoritos e acrescidas de pequenos comentários feitos por mim.
O primeiro livro a ser analisado é o romance epistolar "As Relações Perigosas"(Les Liaisons Dangereuses), do francês Pierre Choderlos de Laclos. O livro foi transformado no filme "Ligações Perigosas", em 1988, com John Malkovich no papel do Visconde de Valmont, Glen Close no papel da Marquesa de Merteuil, Keanu Reeves no papel do Chevalier Danceny, Uma Thurman no papel de Cécile Volanges e Michelle Pfeiffer no papel de Madame de Tourvel, os cinco personagens principais desse drama.
Explicada a fonte, vamos agora à primeira citação.

"Como somos felizes com se defenderem tão mal as mulheres! Seríamos junto delas tímidos escravos apenas!" - Carta IV, do Visconde de Valmont à Marquesa de Merteuil.

Vemos aqui que o Visconde de Valmont, que tanto talento parecia ter para seduzir as mulheres, possuía quase nenhum para compreendê-las. Tivesse ele um pouco de talento nesse segundo sentido, saberia que uma mulher só se defende mal quando quer ser vencida e, ao mesmo tempo, manter sua reputação de ter tentado se defender.
E talvez eu esteja facilitando demais a vida dos homens que me lerem, contando os segredos das mulheres. Mas se vocês aproveitarem as lições aqui contidas, eu me dou por bem paga. Ainda mais se alguém aproveitá-las com esta humilde blogueira.
Sem mais, apago a luz do Palco por hoje.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Descansem em paz

Tinha pensado em muitas coisas para escrever aqui, mas a notícia da morte, no mesmo dia, de Michael Jackson e Farrah Fawcett mudou tudo. Nem me lembro no que tinha pensado em escrever. As duas notícias foram, por assim dizer, meteóricas em sentidos diferentes.
No caso de Michael, senti uma sensação íntima de alívio que não sei explicar. Acho que a vida dele era tão conturbada que sua partida foi uma espécie de descanso. Também sinto curiosidade diante das estranhas circunstâncias de uma morte que teve um médico junto de si mas até agora não foi explicada em termos claros.
Quanto a Farrah, confesso que fiquei mais tocada, tanto pelo vídeo feito pela própria atriz no final de sua vida, como por ter a minha própria, de certo modo, rondada pela sombra do câncer - e se Deus permitir, será sempre apenas uma sombra.
Também imagino a dor das duas famílias, que não têm sequer, como a maioria dos mortais comuns, o direito de sofrer privadamente suas perdas.
Espero que a imprensa resista à 'síndrome de abutre' e deixe que as famílias chorem seus mortos em paz.
Com isso, apago por hoje a luz do palco.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Trecho de um diário

Primeiramente, acho que devo explicar a razão porque resolvi reabrir o Palco depois de tanto tempo. Aliás, a essa altura, ele poderia se chamar Um Palco Empoeirado xD.
Enfim, o motivo. Estava conversando com um amigo chamado Daniel pelo msn, e ele me pediu para ver como escrevo. O primeiro exemplo que surgiu na minha mente foram, naturalmente, meus blogs. Ele leu os dois antigos e gostou deste, e, como eu já tinha o plano de ressucitá-lo, resolvi aproveitar a deixa e fazer isso logo.
Então, explicado o motivo, vão aí uns trechinhos das coisas que eu escrevo no meu caderno nas horas vagas. Sim, eu estou fornecendo provas de que não sou boa da cabeça. Mas quem liga?

"Sinto que minha tolerância a ruídos está diminuindo. Minha tolerância às pessoas está diminuindo. Estou me convencendo de que não gosto das pessoas. Não todas. Só aquelas de quem querem me forçar a gostar"
(...)
"É só o que eu quero, ser deixada em paz. Não é a mesma coisa que me isolar. Só quero que as pessoas façam por mim o que eu faço por elas. Eu nunca impeço as pessoas de fazer o que querem, não fico no caminho delas. Não invado sua privacidade. Não tento mandar em suas vidas"
(...)
"Assisti 'Garota, Interrompida', ... e pensei sobre a loucura. Me pergunto, às vezes, se eu sou louca. Eu faço coisas que as pessoas dizem que os loucos fazem. Eu falo sozinha. Eu me isolo. Eu tenho antipatias violentas pelas pessoas. Tenho vontade de escrever tudo neste caderno e levar a um psicólogo. Mas talvez ele não entenda. Eu estou escrevendo e não entendo"
(...)

Bem, chega de auto-revelação por hoje, né? Espero retomar aos pouquinhos este blog com algo que faça um pouco mais de sentido.
Beijos a todos os que me lerem.

domingo, 12 de outubro de 2008

Capitu sou eu

Estava assistindo a alguns programas falando sobre a personagem Capitolina, de Machado de Assis, e acabei concluindo que eu sou Capitu. Por quê?
Bem, ambas somos personagens controversas. Realmente controversas. Se eu sou uma personagem? Ahn, pode-se dizer que sim. Às vezes eu penso que não sou uma pessoa de verdade. Você, que está me lendo. Se nunca me viu, como pode dizer que eu existo?
Bom, vamos presumir, para efeitos deste post, que eu exista. Por enquanto. Depois discutimos o tema da minha existência ou não. Caso eu exista, sou uma personagem controversa. Assim como ela. No último programa que vi, houve a ceninha clássica do julgamento de Capitu. Sabe como é, alguns a julgam uma mulher imoral, outros uma inocente ultrajada.
É mais ou menos assim comigo, embora talvez em níveis menos dramáticos. O que eu quero dizer é que, entre as pessoas que me conhecem, algumas vão falar maravilhosamente bem de mim, ao passo que outras me odiarão a ponto de querer comer o meu fígado - aliás, não façam isso. Eu preciso dele.
Enfim, esse post não tem uma moral da história, ou coisa assim. O próximo pode ter. Ou não. Isso não é um livro de moralizações, é um blog. Beijos.

domingo, 5 de outubro de 2008

Socorro!

É, eu realmente preciso sair desta casa. Não agüento mais. A previsão do tempo é: nada de paz até o dia 20 de dezembro. 20 de dezembro é o dia do casamento do meu irmão mais velho - que, aliás, está gastando o que tem e o que não tem com o casamento religioso. Eis o que me espera até lá:
- Uma mãe aposentada constantemente em casa;
- Pressões incessantes da mãe acima citada e da cunhada para emagrecer até dezembro (dá até vontade de não ir ao casamento);
- A possibilidade de um convite para ser madrinha no casamento religioso (convite que não pretendo aceitar);
- A certeza de ser obrigada a sair do meu quarto quando os parentes vierem (já deixei bem claro que não vou dormir na sala);
- A certeza absoluta de que minha mãe vai começar a me tratar como empregada quando os parentes chegarem (ela sempre faz isso quando temos visitas);
- A certeza igualmente forte de que cada detalhe meu, das raízes dos cabelos até a unha do dedinho do pé, será impiedosamente criticado pela minha mãe na frente de cada um dos nossos parentes.
Em resumo - de campo de concentração minha casa vai virar um inferno.
Pelo lado bom, estou bem calminha no lado sentimental - nada de paixonites melodramáticas e não correspondidas - e com alguns planos para, agora que tenho um pouco de tempo livre, finalmente lançar minha idéia de rpg coletivo/seriado virtual em algum fórum da vida. Acho que no fim das contas, é melhor relaxar e aproveitar a viagem.

domingo, 28 de setembro de 2008

Lei seca e acidentes de trânsito

Se não me falha a memória, já falei sobre a lei seca aqui no blog. Mas volto ao assunto, motivada pela notícia que vi semana passada no Jornal Nacional. Um motorista de ônibus bateu em uma kombi e causou a morte de duas pessoas. Interrogado na delegacia local, admitiu ter tomado seis doses de cachaça antes de pegar no volante. Para começo de conversa, ele não devia ter tomado bebida alguma, em qualquer quantidade. Mas não! Ele ingere seis doses de uma bebida forte e vai dirigir. E um idiota desses não morre. Não, causa a morte dos outros. Fico injuriada com isso. Se dependesse de mim, esse tipo de gente - se é que se pode chamar isso de gente - não só iria parar na cadeia como ficaria impedida de guiar até um carrinho de mão pelo resto da vida. Falei.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Aprovação automática

Hoje, crianças, vamos falar sobre a aprovação automática nas escolas públicas. Idéia "brilhante", não? O aluno não aprendeu porcaria nenhuma, teve notas baixíssimas e passa de ano? Lindo, esplêndido, maravilhoso. Por que não pensamos nisso antes? Não existe maneira mais segura de criar adolescentes burros. Aliás, honrosas exceções à parte, adolescentes não precisam de muita ajuda para ser burros. Beijos mal humorados a todos.